“E eu já te
disse o quanto te amo? É preciso falar que eu penso em ti todos os dias? Realmente
acha necessário falar da minha vontade de correr até você e sentir o teu
cheiro? Se eu não disse é porque não houve palavras – e ainda não há – que descrevam
o meu sentimento por você. Passo os dias contando as horas, as horas contando
os minutos e os minutos contando os segundos para ouvir sua voz do outro lado
da linha e esse sotaque estranho dizendo ‘oi’. Sim, eu contava todos os
segundos para chegar em casa e falar contigo.” Ela começara a rabisca
fervorosamente numa folha de papel, às vezes fechava os olhos e tentava se
lembrar da voz dele do outro lado dizendo “eu te amo”, o coração faltava saltar
do peito. Mãos trêmulas.
“Eu jamais
imaginei amar alguém como te amo, pensei que nunca encontraria uma pessoa que
me compreenda como você me compreende, que me completa como você me completa,
realmente não esperava ser amado e amar uma mulher que um dia vá cuidar de mim
como eu sempre desejei.” Com as mãos trêmulas e ainda lendo a carta perfumada o
rapaz redigia a resposta, escrevia com a força que gostaria de está abraçando
sua amada e faltava rasgar o papel, nunca quis tanto ter alguém em seus braços
um dia como queria aquela garota para ele.
“E algum de
nós um dia imaginou que estaríamos frente a frente escrevendo cartas um ao
outro? E quem um dia iria imaginar que esse nós iria vingar, e que belo tem
sido todos os nossos dias juntos, espero que o tempo pare e que nossos momentos
passageiros se tornem eternos fincados na terra.” Estavam os dois cara a cara,
dividindo a mesma xícara de café, respirando do mesmo ar e usando a mesma caneta
para escrever a última carta.
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