terça-feira, 17 de julho de 2012

Até mais ver


E vai chegar mais uma vez aquele momento revivido de seis em seis meses, ou menos! Mas que me parece ser sempre de dez em dez anos, tu partirás novamente rumo ao teu futuro e eu ficarei aqui a cuidar do meu, voltaremos àquela comunicação de telefonemas, e-mails e tudo utilizando os mais precários meios. Teremos de novo aquelas interrupções de mães chamando, telefones falhando e conexões caindo. E suportaremos.
Quando tu chegas é uma festa para mim, no tempo que fica aqui nós brigamos, damos risadas e fazemos a pazes por inúmeras vezes, sendo que para falar a verdade brigo sozinha, pois tu te calas e apenas observa a minha ira inútil de quem só terá o trabalho de ficar calma depois. Na partida nosso “até logo” sempre é breve, para poupar todo o sentimentalismo que eu coloco nesses acontecimentos e prevenir que o mesmo nasça em ti.
Todos sabem que estamos até acostumados com isso, ou que deveríamos estar, tu podes está, mas eu não. Eu aguento mais um ano, suporto até dois ou três, mas não sou forte o suficiente para os dias, são dias demais para a minha cabeça, e mesmo que eu coma a minha saudade não passa.

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