segunda-feira, 30 de julho de 2012

We Die


São memórias que me tomam a mente, borrões de dias e noites, rabiscos de nós, união desunida.
Ainda uso a camiseta manchada de café e ainda tenho aquele short rasgado, me perdoe, não consigo me conter. Olhe os seus olhos, olhe-se no espelho! Como conseguiu mudar tanto?
Suas mãos ainda são trêmulas.
Tudo o que eu quis foi esquecer-te, memórias, malditas.
Sim! São vírgulas que separam memórias e malditas, pois não foi só de felicidade que vivemos, não é.
Memórias.
Caímos em nós atados fortes de um penhasco, amarrados, juntos como um só, caímos no esquecimento.  E eu que quis tanto te esquecer. Tu que tanto quis lembrar.
Perdão! Não há o que perdoar, jamais me permitir errar, mas errei, mudemos o foco.
Memórias, tempo.
Morremos, estamos a morrer... A cada segundo aqueles borrões se desfocam, os rabiscos apagam-se automaticamente com o dia a dia, com as novidades, o passado vai desintegrando-se. Tu te tornas nada. Mas como até nada é alguma coisa, eu lhe vejo eternizando em mim como cicatriz sarada.
Beijos ardentes, memórias, camisetas manchadas, tempo, short rasgado, borrões apagados.
Você se foi e cá estou eu a lembrar de ti mais uma vez. Não. Cá estou eu a lembrar de nós atados novamente, mas são só lembranças.

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